Localizada a 220km de São Paulo, é moradia permanente. Os proprietários, de origem urbana, administram suas outras fazendas a partir daqui. É também onde recebem os amigos.
Contrariando a tipologia da casa de fazenda brasileira, circundada por varandas e com cobertura de telhas cerâmicas, encontrou-se no concreto aparente e no telhado plano a linguagem que aproxima o urbano do rural.
Acompanhando o suave declive do terreno e paralela às curvas de nível, abre-se para a magnífica vista do planalto paulista.
A casa se desenvolve ao longo de um eixo leste-oeste e em torno de um “atrium”, que na antiguidade era o espaço de transição entre o público e o privado. Aqui faz a mediação entre interior e exterior, entre atividades sociais, do pessoal da gestão da fazenda e o pessoal da casa e seus convidados, e articula seus espaços especializados. Além disso é o “coração” do controle da qualidade do conforto ambiental segundo os princípios da bio-arquitetura.
A 1.100m de altitude, a temperatura varia de 5ºC a 35ºC. No inverno, o “efeito estufa” provocado por 04 grandes clarabóias no atrium e “paredes térmicas” em cada quarto, garantem o conforto ambiental de forma natural. O sombreamento das clarabóias e o canal de água que atravessa o atrium, aliados à adequada ventilação, vão aliviar os rigores do verão.
Prêmio Espaço da Moradia e XXXI Premiação Anual do Instituto de Arquitetos do Brasil – RJ
Revistas:
ABITARE (Itália)- n º 356 – Nov.1996
Arquitetura & Construção (Brasil) – Ano 11 – n º 5 – 1995
Casa Vogue (Brasil)– Ano 19 – n º 2 – 1995
A&D (Brasil)- n º 193 – 1996
Livro:
Casa de Fazenda – Editora Abril (Brasil)- 1997
Estrutura – Armando Stefano A. Colotto
Construção – CENPLA – Osmar Penteado de Souza e Silva(1928-2008)
Paisagismo – Shishido Takahashi
Fotos – Celso Brando e Sônia Fonseca
Edição e Recuperação de Imagem – Mário Esteves